quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Eu moro aqui

Eu moro nunca cidade que é, definitivamente, uma merda.
Não tem nada pior que cidade pequena, serio mesmo.
Mas existem dois tipos de cidades pequenas.Tem aquelas razoalvelmente boas, que sempre vai ter alguma coisa pra você fazer, e só é chamada de pequena porque alguém decidiu chamar assim.
E tem o tipo de cidade pequena que eu, infelizmente, moro.O pior tipo de cidade pequena.
Aquela cidade onde todo mundo se conhece, onde as opções de lazer se resumem em uma sorveteria, 3 pizzarias e umas boates.
Mas o pior de tudo é, de fato, o primeiro item.
Não tem nada pior do que morar em uma cidade onde meio mundo conhece teu pai ou tua mãe.
Tudo que você faz acaba chegando na boca deles.É horrivel.
Sem contar o fato que as pessoas daqui falam o que ela acham.Ou o que elas querem achar. O fato é que ela acham coisas demais.
Se você sai com alguém que é gay, acham que você é gay.
Se você sai com alguém que fuma, vão lá contar pro seu papai que você fuma.
Se seu acompanhante for o que chamam de 'má companhia', alguém vai alertar sua mãe pra ela proibir você de andar com certa pessoa, mesmo que essa tenha cara de mal mas seja um lindo anjo.
Juro que na primeira oportunidade que eu tiver eu me mando dessa merda.
Vou fazer minha facudade de veterinaria/biologia/medicina bem longe daqui, dividir um apartamento com um amigo e viver em uma vida sem cameras. ¬¬
Big Brother é fichinha perto de Braço do Norte

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Eu tenho um carinho todo especial por coisas velhas.Coisas inuteis, como um etiqueta de um blusa, uma figurinha usada, um card daqueles que vinha no chips e esse monte de merda em miniatura que só serve pra encher gaveta.Não sei porque eu guardo eles, mas simplesmente consigo jogar porcaria fora.E eu tento.Em noites em que tenho meus momentos no quarto, regados a Arctic Monkeys,Libertines e qualquer cd disponível, eu sento com todas aquelas porcarias decidido a jogar alguma coisa fora.Então eu pego merdinha por merdinha na mão, olho pra elas, e no fim, elas acabam voltando pro lugar que lhes é de direito, a gaveta.

Talvez cada coisinha daquelas deva me ter um valor sentimental, o não sei qual.Cada uma delas me lembra um coisa,coisas toskas mesmo, mas me lembram.Aliás, qualquer coisa me lembra uma coisa.Isso é um problemas, porque pessoas lhe olham como se você tivesse um problema mental quando você começar a rir no meio da rua.O pior é lembrar coisas totalmente aleatórias, do tipo de ver a professora e lembrar do bob esponja e partindo dai lembrar do mar e de como golfinhos são inteligentes, puxando a linha de pensamento a um episódio do South Park e voltando a professora de novo,mas não antes de ficar rindo sozinho.

Mas voltando a idéia original do post, se é que isso tem uma idéia original,acho que todo mundo tem uma caixa cheia dessas coisas.É quase regra.A maioria das pessoas guarda aquele albinho, que você comprava o chiclete só pra pegar a figurinha, com todo o carinho do mundo,seja pelas lembranças ou só pelo orgulho de ter completado (ou quase) aquela merda.E o que também contribui pra essas coisas se empilharem, é o fato delas serem pequenininhas, fáceis de guardar em qualquer lugar e, em geral, são mó bonitinhas, que dá pena de jogar fora.
:)